Umbanda de todos nós
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Sincretismo na umbanda
SINCRETISMOSegundo o Caboclo Sete Espadas, o sincretismo “é um fenômeno místico-religioso que visa tornar inteligível um culto que possa ser praticado por vários povos ou grupos étnicos, que até o momento tinham rituais e concepções diferentes” (RIVAS NETO, 1996).Neste contexto, além de abranger a união de diferentes nações africanas, o sincretismo também trata das associações comumente conhecidas entre os Orixás da Umbanda e os Santos Católicos. Mesmo que se verifiquem algumas diferenças de um terreiro para outro ou de uma região do país para outra, de modo geral as correspondências são as seguintes:Oxalá – Jesus Cristo;Ogum – São Jorge;Oxóssi – São Sebastião;Xangô – São Jerônimo;Yemanjá – Virgem Maria;Yori – São Cosme e São Damião;Yorimá – São Lázaro.Naturalmente, os Orixás não são os Santos Católicos, nem os Santos Católicos são os Orixás. O motivo principal desta associação, de acordo com Ramatis, baseia-se no fato de que “os escravos africanos trouxeram para o Brasil, no século findo (XIX), os seus postulados religiosos, ritos, fetiches e cultos bárbaros. Aqui, eles fundiram sua crença primária com o culto católico, na terna devoção ao que também era da preferência do ‘sinhô’ e da ‘sinhá’! Assim, os velhos Orixás, elementais e entidades africanas, fundiram-se numa confusão heterogênea e regional com os santos do hagiológio católico que mais se afinizavam às suas características sobrenaturais!” (MAES, 1996).
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
elementais na umbanda
MAGIA DO REINO VEGETALA magia do reino vegetal baseia-se nos Espíritos das plantas. Esses Espíritos, chamados de elementais, são ligados aos elementos da Natureza. Temos as Sílfides, que comandam as forças do Ar; as Ondinas, que reinam sobre as Águas; os Gnomos, que dominam a Terra, e as Salamandras, que comandam o Fogo. Todos eles têm a tarefa de proteger e cuidar do reino vegetal.“Neste orbe denso que habitamos, podemos traçar duas linhas demarcatórias, separando planos de atividades espirituais diferentes: a dos seres elementais e a dos Espíritos humanos. Esta demarcação é um simples recurso de objetivação do assunto, para facilitar sua compreensão, nada havendo de rígido, delimitado, no espaço, porque tudo no Universo se interpenetra e as separações desta espécie são sempre simplesmente vibratórias. Assim, o plano da matéria física possui vibração mais lenta que o da matéria etérea e, dentro do mesmo plano, a mesma lei se manifesta, separando os sub-planos e assim por diante. Cada plano é habitado pela população espiritual que lhe for própria, segundo o estado evolutivo e a afinidade específica vibracional de cada uma; também é sabido que entidades habitantes de um plano não podem invadir planos de vibração diferente, salvo quando de planos superiores, que podem transitar pelos que lhes estão mais abaixo”. (O Reino dos Deuses” de G. Hodson)OS ELEMENTAIS DA NATUREZAA existência dos elementais, segundo os antigos anciãos e sábios do passado, explicava a dinâmica do Universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças climáticas e correntes marítimas, pela precipitação da chuva ou pelo fato de haver fogo, entre muitos outros fenômenos da Natureza. Apesar de ser uma explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos: Terra, Água, Ar e Fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da Natureza ou tipos de energia.Então os elementais não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia; é isso que entendi? - Não, meu filho. Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica. Não entendi… - Preste atenção, meu filho – continuou o Preto-Velho. Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da Natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na Natureza, esses seres se agrupam, segundo suas afinidades. Seriam então esses agrupamentos aquilo que você chama de família? - Isso mesmo! Louvado seja Deus – comemorou Pai João. Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: Fogo, Terra, Água e Ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas. Os elementais já estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos? - Encarnações humanas, ainda não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à Natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem. Como podem auxiliar em reuniões mediúnicas? - Vamos por parte, meu filho, bem devagar. É bom compreender com profundidade a questão dos elementais para assim entender o comportamento da nossa irmã infeliz – disse Pai João, apontando para o Espírito que antes observávamos. Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo, temos a atuação dos Silfos ou das Sílfides, que se apresentam em estatura pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros Espíritos da Natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma, definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do arco-íris. Disso se depreende, então, que os Silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de elementais? - Eu diria apenas, meu filho, que os silfos são, entre todos os elementais, os que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia vital poderosa. Então eles vivem unicamente na atmosfera? - Nem todos – respondeu Pai João – Muitos elementais da família dos Silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os Silfos auxiliam na criação e manutenção de formas pensamentos, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de Espíritos endurecidos.E os outros elementais? – perguntei num misto de euforia e curiosidade. - Vamos com calma, meu filho, vamos com calma – respondeu Pai João – Duas classes de elementais que merecem atenção são as Ondinas e as Ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na Umbanda, são associadas à Orixá Oxum. As Ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As Ninfas, elementais que se parecem com as Nndinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade. Sendo assim, qual é a diferença entre as Nndinas e as Ninfas, já que ambas são elementais das águas? - A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das Ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as Sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, Sereias e Tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por Espíritos do mal. Eu pensei… - Eu sei, meu filho – interrompeu-me João Cobú – Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar, Ângelo, que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobertam uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões. E as Fadas? Quando encarnado, vi uma reportagem a respeito de fotografias tiradas na Escócia, que mostravam várias Fadas. O que me diz a respeito? – Bem, podemos dizer que as Fadas sejam seres de transição entre os elementos Terra e Ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à Natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os Espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando Espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as Fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor. Uau! – exclamei. Nunca poderia imaginar coisas assim… - Mas não acabou ainda, meu filho – tornou Pai João. Temos ainda as Salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico universal. Sem a ação das Salamandras o fogo material definitivamente não existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada evolutiva, as Salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e. em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima psíquico mais tranqüilo. Eu estava atônito. E o pai-velho prosseguia: - Nas tarefas mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as Salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à magia negra. Os Espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde, entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos. Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das Salamandras. E os Duendes e Gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular? - Sem dúvida que existem! Os Duendes e Gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano. Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato. Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim os Espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas. Tinha a sensação de que um novo mundo se revelava ao meu conhecimento, tamanha a amplitude da ação desses Espíritos da Natureza. E Pai João continuava: -Temos ainda os elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de Avissais. Geralmente estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons Espíritos, notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para Espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de energia primária essencial para a reconstituição da aparência perispiritual de entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se com os membros e órgãos dilacerados. Nem podia imaginar que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa. - Pois bem, meu filho – tornou João Cobú, pacientemente – Repare, portanto, as implicações complexas da ação desta infeliz criatura, que se comprometeu amplamente com o mal. Apontando para o Espírito no leito a nossa frente, que agora gemia, vítima de si mesmo; o velho Pai João relatou: Como médium, foi-lhe concedida a oportunidade de aprender certas lições de magia, no ambiente dos cultos afro-brasileiros. Utilizou mal o conhecimento que adquiriu e deliberadamente viciou muitos elementais com o sacrifício e o sangue de animais. Lançando mão de seu intenso magnetismo pessoal, manipulou o poder das Salamandras e de outros elementais para atormentar muitas vidas, em troca de dinheiro, status e reconhecimento social. Ela brincou com as forças da Natureza. - Mais do que isso. Ela desviou os seres elementais do curso normal de sua evolução, comprometendo esses nossos irmãos com seus atos abomináveis. Mas os elementais dominados por ela não poderiam se rebelar ao seu comando? - Os elementais são seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos inferiores da Natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se a ele intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável não só pelas comunicações dadas por seu interior. - Que se deve pensar da crença no poder que certas pessoas teriam, de enfeitiçar? -Algumas pessoas dispõe de grande força magnética, de que podem fazer mau uso, se maus forem seus próprios Espíritos, caso em que possível se torna serem secundados por Espíritos maus. Não creias, porém, num pretenso poder mágico, que só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da Natureza. Os fatos que tem como prova da existência desse poder, são fatos naturais, mal observados e, sobretudo mal compreendidos. (O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Poder oculto, talismãs e feiticeiros, item 552)- É verdade! – observei com admiração. Recordo-me desse trecho, porém não havia feito a conexão daquele ponto com os elementais. - Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então, encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo Cristo. O plano da criação é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós uma reverência profunda ao autor da vida.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
o poder do sal
Desde a Antiguidade que o sal é utilizado pelos homens e é consideradoum bem muitissimo precioso. Consideravam eles que era uma dádiva dos Deuses, e associaram-na tanto á religião, quanto á bruxaria. Para além disso, o seu valor monetario e economico era comparável ao do ouro, da seda e das especiarias.
A palavra sal vem do vocabulário grego “hals” e “halos”, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra “halita”, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais, que é o sal gema.
Na Roma Antiga, a principal via de transporte chamava-se “Via Salaria”ou “estrada do sal”. Era por essa via que chegavam as caravanas que traziam o sal para a capital do Império, era por ela que os centuriões transportavam os cristais preciosos para a cidade. Como pagamento eles recebiam o “salarium”, que significava “dinheiro para comprar sal” e recebiam igualmente umas medidas de sal como pagamento de parte dos seus emolumentos. O sal tinha assim um valor economico como unidade monetária. O uso da palavra “salarium” perdurou ao longo dos tempos, reconhecendo-se o seu nome na raiz etimológica da palavra “salário” (do latim “salariu”, ou “ração de sal”, “soldo”).
Desde 2000 a. a. que o sal é usado como forma de preservar os alimentos, carne, peixe…
Se nos nossos dias encaramos o sal como um alimento perfeitamente comum, tão comum que a generalidade das pessoas nem lhe dá a mínima importância (a não ser para dizer que a comida está salgada ou sem sal!), as coisas nem sempre foram assim...
O uso do sal ao longo dos tempos e culturas:
Na Antigüidade, era oferecido aos deuses, era usado pelos sacerdotes tanto em liturgias religiosas como em cerimónias mágicas, como para afastar os demônios. Os assírios utilizavam-no nos cultos religiosos.
No antigo Egipto, o sal foi considerado matéria sagrada e era usado como produto sagrado, sendo feitas oferendas de sal aos Deuses.
Os Egípcios usavam igualmente o sal para desidratar e embalsamar o corpo dos faraós.
Os romanos consideravam o sal um simbolo de sabedoria, e por isso usavam-no num ritual aos recém-nascidos: derramavam sal sobre eles para que não lhes faltasse a sabedoria.
Os Romanos e os Gregos nos seus sacrifícios aos deuses do lar,deitavam Sal na cabeça do animal, para o purificar. Para eles o sal simbolizava igualmente a destruição e a infertilidade, daí a pratica dos romanos espalharem sal nas terras conquistadas: para elas se tornaremestereis para sempre. Era um sinal de perpétua desolação. Os Romanos tinham uma expressão para exprimir a infidelidade a uma amizade que era “trair a promessa e o sal”. Assim desde aqueles tempos a ausência de um saleiro sobre a mesa representava um presságio, tanto quanto o sal derramado.
Da prática ritualistica destes povos, bem como do povo hebreu, de salgar os sacrificios oferecidos aos Deuses, nasce uma superstiçaomuito comum na Antiguidade. Se o sal era derrubado na hora dosacrificio, prenunciava má sorte.
Para os hebreus, o sal era um elemento purificador. O sal sempre teve um grande simbolismo, sendo o simbolo da perenidade da aliança entre Deus e o povo de Israel.
No cristianismo, mantem-se a crença judaica do sal como purificador, assim no ritual de baptismo era colocado sal nos lábios dos recém-nascidos.
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Na Idade Média, os alquimistas usavam o sal como elemento entre omercurio e o enxofre, sendo essencial á transmutação de metais. O sal continuava sendo indispensável para afastar os maus espiritos, os demónios e as bruxas. Assim, deitava-se sal na chaminé da casa para impedir os demónios de nela entrarem. E o facto de alguém comer alimentos sem sal era considerado altamente suspeito!!! Proliferaram igualmente as superstições relativas ao sal, mantendo-se a supertiçãode que desperdiçar sal era mau agouro, era sinal de malefício. Nesta época, o Sal separava senhores e servos, os que tinham dinheiro e os que não tinham...
Na obra de Leonardo da Vinci (1452-1519), “A última ceia” retrata um saleiro derrubado diante de Judas e apontando na sua direcção. Já naquela época dizia-se, que algúem que entornasse sal deveria pegar nalgum do que foi derramado e lançá-lo para trás do ombro esquerdo, lado que representava o mal.
Os árabes citam recomendações de Maomé para: "começar pelo sal e terminar com o sal; porque o sal cura numerosos males".
O sal na bíblia:
Na Bíblia, as primeiras referências ao sal estão no Antigo Testamento, no Livro de Jó, com data estimada de 300 anos a.c., sendo que o A.T. o menciona com frequência, seja no contexto prático da vida, seja simbolicamente (significa nomeadamente pureza, incorruptibilidade, fidelidade). Em contrapartida no N.T. a referência ao sal torna-se metafórica. No sermão da Montanha, Jesus diz aos apóstolos “vós sois o sal da terra”. Os Livros de Mateus e Marcos fazem alusão ao sal como dádiva da terra.
Algumas passagens biblicas:
No A.T., o Livro dos Reis vangloria as qualidades purificadoras do sal.
Mas, o sal também trazia desgraça - um salmo relata que Deus podia transformar rios em desertos e terra fértil em pântano de sal, como castigo pela crueldade dos seus habitantes.
E em Juizes, 9:44, Albimilech capturou a cidade de Shechem, matou as pessoas que ali se encontravam, arrasou a cidade e semeou-a de sal. E, ainda transformou a mulher de Lot em estátua de sal porque olhou para trás ao fugir de Sodoma e Gomorra, cidades destruídas pela ira divina.
No A.T., o sal era um simbolo importante da relação com Deus. Assim, o sal devia ser colocado em todas as ofertas e os manjares oferecidos a Deus deviam todos ser salgados com sal:
“E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar á tua oferta o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal” – A.T. Levitico 2:13.
Na Biblia encontra-se o termo "aliança de sal" designando uma relação com Deus que não pode ser rompida (aliança perpétua de sal)-Números, 18,11; Crônicas, 13,5.
"Todas as ofertas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao SENHOR, dei-as a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por direito perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é esta, para ti e para tua descendência contigo." - Números 18:19
"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um." - Colossenses 4:6
"Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens."- Mateus 5:13
A actualidade do sal:
Foi e tem sido usado no esoterismo e bruxaria para afastar as energias ruins e os maus espíritos.
No sec. XVI, o sal foi abolido por Lutero no ritual de batismo da religião protestante.
No entanto, uso do sal perdurou no baptizado católico até 1973. Foi usado na liturgia religiosa dos baptizados de forma a simbolizar a expulsão do demónio (purificação), sendo igualmente o sinal de sabedoria sobre o recém-nascido.
Ainda hoje, na Páscoa Judaica, no Pessach, as batatas e os ovos cozidos são regados com água salgada. Tal simboliza as lágrimas derramadas pelos judeus na travessia do deserto, durante a fuga doEgito.
Para os gregos, hebreus e árabes o sal é considerado o símbolo da amizade e hospitalidade, sendo que na Arábia comer sal acompanhado é considerado uma acção sagrada.
No médio oriente acredita-se que quando duas pessoas comem sal juntas, formam um vínculo. Por isso, usa-se sal para selar um contrato
Em Marrocos deita-se sal nos lugares escuros para espantar os maus espíritos.
Em Laos e Sião, as mulheres grávidas lavam-se diariamente com água e Sal, para proteger-se contra as maldições.
Nos países Nórdicos, coloca-se Sal junto ao berço das crianças, para as proteger.
No Havaí, a pessoa que volta de um funeral polvilha sal sobre si mesma, para garantir que maus espíritos que rondassem o defunto não a acompanhem em casa.
No Japão, o sal “shio” é considerado um purificador. Os Japoneses têm a seguinte lenda: o grande Kami Izanakino-Mikoto, desejou que sua mulher fosse levada para um lugar distante, sentindo a falta dela e arrependido por ter feito aquele pedido, foi purificar-se nas águas do mar. Os japoneses têm o costume de deitar sal na soleira da porta de suas casas depois de alguém não desejado ter saído. Os lutadores de sumo, para a luta ser leal, deitam sal no ringue. Também se espalha sal no palco antes de uma apresentação para evitar que os maus espíritos joguem pragas sobre os actores.
O sal é amplamente utilizado no esoterismo, em vários rituais de magia, pois tem uma função purificadora, seja ele usado sozinho seja em conjunto com outros produtos.
“CULINÁRIA” MAGICA sempre a mão: o sal
O sal é aquele ingrediente “mágico” que ninguém pode dizer que não tem, que não sabe o que é, ou que é muito caro. Por isso a dona de casa pode ser uma grande feiticeira... mesmo que não seja grande cozinheira... Você pode optar pelo sal grosso ou marinho, no primeiro caso tem o inconveniente de arranhar a pele, no segundo tem a vantagem de conter elementos como iodo e magnésio que ajudam a relaxar e acalmar os ânimos.
Por isso... não esqueça o sal!
Seguem algumas mágicas:
“Tempero” de limpeza da casa:
Copo de água com sal atrás da porta de entrada da sua casa.Coloqueagua dentro de um copo de vidro e junte-lhe 3 pitadas q.b. de sal refinado. Coloque o copo atrás da porta de entrada da sua casa e troque a água todas as semanas, deste modo a sua casa será limpa das energias negativas.
Harmonização do lar:
No início do mês comece por limpar da sua casa as inutilidades (objectos, roupas que já não usa, revistas...) e consequentemente as energias a elas agarradas. Coloque um pouco de sal pelos 4 cantos de cada divisão da casa. No final do mês, no último dia, recolha todo o sal. Num pano branco “virgem, ou seja nunca antes usado, coloque o sal juntamente com uma fotografia de cada um dos habitantes da casa. Feche o pano, dando-lhe sete nós. Atire para a água, seja água de rio ou de mar, mas esteja de costas quando o fizer, e depois de o fazer não olhe para trás.
O banho com água e sal:
O banho de sal grosso é o chamado "descarrego". É recomendado para eliminar as toxinas, porque o sal anula o excesso de energia, e limpar a sua aura. Quando esta está saturada o sal a recompõe rapidamente.Comece por tomar o seu banho do costume. Passe então pelo seu corpo a água com sal previamente preparado (pode ter um balde com o preparo ao lado do chuveiro) para não ter que interromper o banho. Dê especial atenção á zona do seu umbigo, pois aí se localiza o seu chakrasolar, e é a zona do seu corpo por onde é absorvida a maior quantidade de energia negativa. Tome um segundo banho de chuveiro para retirar oexceso de sal. Para se enxugar dê batidinhas de leve com a toalha e vista-se preferencialente com roupas claras.
Faça este ritual uma vez por mês.
Banho com sal e arruda:
O banho com sal e arruda é um banho de descarrego de energias negativas. È óptimo quando tem vários sintomas de excesso de “pesoespritual”, que se traduzem em fortes dores de costas, má disposição, sempre ensonado, dores de cabeça.
Como fazer: encha a banheira com água bem quente; queime um incenso a seu gosto para purificar o ambiente; deite dois punhados de sal grosso dentro da água, e deite o líquido resultante de uma infusão de arruda para dentro da banheira.
Deite-se dentro da água e relaxe. Fique o tempo que quiser. Vai ver aquele “peso” a ir-se embora. Tome em seguida o seu duche normalmente, vai var que estará muito mais leve.
Banho com sal e outros para retirar a negatividade:
Como fazer o preparado para o banho: 4 lt água; 2 punhados de sal grosso; 2 dentes de alho roxo cortados em cruz, 5 galhos de arruda fêmea e 5 de arruda macho. Faça esta mágica em lua minguante.
Ferva a água juntamente com os dentes de alho previamente cortados. Depois, macere a arruda até estar desfeita e junte-a á água fervida. Misture então o sal. Deixe arrefecer e coe. Tome o seu banho habitual e depois passe aquele preparo do pescoço para baixo. Passadas pelo menos 2 horas tome um duche para retirar o “banho mágico”.
Magia com sal para anular feitiço:
O que é preciso: 1 pano branco; 1 vela negra; 1 tigela de vidro; sal grosso; sal fino.Na primeira noite de lua minguante, coloque a vela na tigela e ponha um pouco de água dentro (um dedo). Acenda vela negra e diga 3 vezes: "Lua de partida, leve os feitiços de minha vida"Depois coloque dentro da tigela, à volta da vela, um punhado de sal grosso e diga, 3 vezes: "Com o cristal de sal, que se desfaça o mal".
Depois, sobre o sal grosso, coloque o sal fino, e repita 3 vezes: "Sal sobre sal, calor com calor, aquele que me fez mal, que sinta a sua dor"Deixe a vela arder até ao fim. No entanto depois dela se apagar ficará um pedacinho. Esse pedaço juntamente com o resto do sal, você o coloca dentro de um pano branco nunca antes usado. Fecha o pano dando-lhe 7 nós, e manda tudo para a água do mar ou do rio, pedindo para as “águas da justiça lhe tirar todo e qualquer feitiço”. Sai dali não olhando mais para trás.
Amuleto com sal para afastar inveja do seu dinheiro:
O que é preciso: 1 saquinho de tecido verde, 3 moedas douradas, verniz incolor, uma toalha de banho vermelha, água corrente e sal grosso.
Faça da seguinte forma: facilmente arranjará as moedas douradas nas feiras junto dos vendedores de moedas ou nos antiquarios. Dêpreferência ás maiores, e ás mais antigas. Você deverá começar por limpá-las. Seguidamente, as moedas mágicas deverão ser preparadas para se energizarem afim de cortarem a influencia negativa da inveja. Assim passe-as abundantemente por água corrente, esfregando-lhes sal grosso. Coloque-as ao sol para secarem, sobre um pano vermelho. Aplique então o verniz nelas.
Guarde então as suas moedas mágicas no saquinho de tecido natural verde e mantenha-o dentro de sua mala ou carteira. O auleto é seu e de mais ninguém! Não deixe que outra pessoa lhe toque ou veja as moedas.
Amuleto com sal para afastar inveja de sua casa:
O que é necessário: 1 lenço branco, 7 sementes de romã; 7 sementes de melancia; 3 dentes de alho com casca.
Deite tudo dentro do lenço e dê-lhe 7 nós (3 com 2 pontas, 4 com as outras 2).
Coloque-o dentro de sua casa dentro de um vaso. Deverá trocá-lo anualmente, no dia dos seus anos.
Uso do sal para limpar talismãs e amuletos:
Dependendo do material, existem várias formas de limpar os nossos amuletos e talismãs. Para limpar o amuleto basta deixá-lo em águacorrente.Mas também pode deixá-los em água com sal grosso, ou deixá-los sob a chuva. Caso o seu amuleto não possa ser molhado, então o ideal é colocá-lo dentro de um prato com sal grosso.
O Poder Afrodisíaco do Sal:
Poder afrodisiaco do sal? Certos povos antigos atribuíram ao sal poderes afrodisíacos e acreditavam que sua carência reduzia a potência sexual dos homens.
Uma gravura satírica francesa do séc. XVI mostra diversas mulheres debruçadas sobre maridos sem calças e aprisionados em barris, que elas esfregam vigorosamente com sal nas suas partes íntimas.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
apometria
apometria (apo- do gr. "além de" e -metron"medida") é uma conjunto de praticas técnicas com objetivo de cura, normalização corporal e conscientização do envolvimento energético, no qual os seres humanos estão imersos. Também chamada pelos seus praticantes de prática terapêutica alternativa, de natureza espiritualista e, segundo seus praticantes, consiste na projeção da consciência e na dissociação dos múltiplos corpos sutis mediante a uma sequência de pulsos ou comandos energéticos mentais. Tal prática não tem qualquer garantia de cura comprovada pelo método científico.[carece de fontes?]Segundo S. M. Greenfield, esta técnica, que é divergente do espiritismo clássico consistiria em transportar partes do corpo sutil do paciente para o mundo astral, onde supostamente seriam tratadas por espíritos de médicos, usando a terapia de vidas passadas.1Essa prática assistencial foi introduzida no Brasil pelo farmacêutico e bioquímico porto-riquenho, Luis Rodrigues, que a chamava de "Hipnometria", e utilizava técnicas próprias para obter o suposto desdobramento anímico controlado. Na década de1960, foi sistematizada pelo médico cirurgião geral e ginecologista José Lacerda de Azevedo (1919-1997), no Hospital Espírita de Porto Alegre, que lhe trocou o nome para "apometria".A apometria é abominada tanto por muitos espiritualistas como por céticos que julgam tratar-se de mais uma prática de charlatanismo travestido de religião. Não faltam, contudo, muitas pessoas que afirmam terem sido curadas por essa prática.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
ingestão de álcool na umbanda
cachaça, o vinho, a cerveja e etc..., têm função magística. No plano astral, servem para fins que fogem, na maioria das vezes, completamente à nossa compreensão. Pela volatilidade do álcool, apresenta eterização para desintegrar morbos e campos de forças mais densos. Espírito não vem no terreiro para beber. Um Exu Senhor Tranca Ruas das Almas, inquirido sobre a necessidade do espírito beber respondeu: - “se quisesse beber não viria nos terreiros. Iria freqüentar os bares onde vivem os alcoólatras e lá arranjaria um copo-vivo (ermo usado para aqueles que são dominados por espíritos viciados em bebida).
Aqui vale um ensinamento. No mundo espiritual existe o principio da lei dos semelhantes, ou seja, o semelhante atrai o semelhante. Todo homem embriagado quase sempre está acompanhado de um espírito semelhante. O grande problema é que, como o espírito não pode ingerir a bebida, ele aspira, para sua satisfação, a emanação do álcool, razão pela qual o bêbado (copo-vivo), ingere enormes quantidades de bebida. Uma parte para ele e outra para o espírito. Interessante que esses espíritos protegem o seu doador, bem como nós fazemos com o copo que nos serve para beber água, mas quando não mais lhe serve, abandona a criatura em estado deplorável.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
chakras
Nosso corpo físico tem uma ligação sutil com o mundo astral. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam obstruindo esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam somatizando e transformando energias negativas, depressão, raiva,solidão, em doenças físicas, como cânceres e outras mais graves. Nosso corpo físico tem pontos, que quando ativados, fazem fluir a energia vital, nos trazendo alegria e, principalmente, saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chacras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme veremos à seguir:
Muladhara
Muladhara chacra(Chacra Raiz)Nome em sânscrito: MULADHARA ("Base e fundamento"; "Suporte")Mantra: Lam.Pétalas: 4.Localização: Base da Espinha.Cor: Vermelho.Elemento: Terra.Funções: Traz vitalidade para o corpo físico.Qualidades Positivas: Coragem, Estabilidade. Individualidade, Paciência, Saúde, Sucesso e Segurança.Qualidades Negativas: Insegurança, Raiva, Tensão e Violência.O primeiro chacra (conhecido como Chacra Base ou Raiz), situado na base da espinha dorsal, é responsável pela energização geral do organismo, e por ele penetram as energias cósmicas mais sutis, que a seguir são distribuídas pelo corpo. Quando esse chacra é estimulado, propicia uma boa captação energética.
Svadhisthana
Swadhisthana chacra(Chacra órgão genital e base da barriga)Nome em sânscrito: SWADHISTANA ("Morada do Prazer")Pétalas: 6.Mantra: Vam.Localização: Abaixo do umbigo.Cor: Laranja.Elemento: Água.Funções: Força e vitalidade física.Qualidades Positivas: Assimilação de novas ideias, Dar e Receber, Desejo, Emoções, Mudanças, Prazer, Saúde e Tolerância.Qualidades Negativas: Confusão, Ciúme, Impotência, Problemas da bexiga e Problemas Sexuais.O segundo chacra (conhecido como Chacra esplênico, sacro ou do baço), relaciona-se com o poder criador da energia sexual. Quando esse chacra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado, indica excesso dehormônios e sexualidade exacerbada.
Manipura
Manipura chacra(Chacra do Plexo Solar)Nome em sânscrito: MANIPURA ("Cidade das Jóias")Mantra: Ram.Pétalas: 10.Localização: Zona da barriga.Cor: Amarelo.Elemento: Fogo.Funções: Digestão, emoções e metabolismo.Cristais: Âmbar, Olho de Tigre e Ouro.Qualidades Positivas:Auto controle, Autoridade, Energia, Humor, Imortalidade, Poder pessoal e Transformação.Qualidades Negativas: Medo, Ódio, Problemas digestivos e Raiva.O terceiro chacra (conhecido como Chakra do Plexo Solar) localiza-se na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções. Quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo, suscetibilidade emocional e a possibilidade de doenças crônicas.
Anahata
Anahata chacra(Chacra cardíaco)Nome em sânscrito: ANAHATA ("Invicto"; "Inviolado")Mantra: Yam.Pétalas: 12.Localização: Coração.Cor: Verde (cura e energia vital); Rosa (Amor).Elemento: Ar.Funções: Energiza o sangue e o corpo físico.Qualidades Positivas: Amor incondicional, Compaixão, Equilíbrio, Harmonia e Paz.Qualidades Negativas: Desequilíbrio, Instabilidade emocional, Problemas de coração e circulação.O quarto chacra situa-se na direção do coração. Relaciona-se principalmente com o timo e o coração. Sua energia corresponde ao amor e àdevoção, como formas sutis e elevadas de emoção. Quando ativado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas.
Vishuddha
Visuddha chacra(Chacra Laríngeo)Nome em sânscrito: VISHUDDA ("O purificador")Mantra: Ham.Pétalas: 16.Localização: Na garganta.Cor: Azul claro.Elemento: Éter.Funções: Som, vibração, comunicação.Qualidades Positivas: Comunicação, Criatividade, Conhecimento, Honestidade, Integração, Lealdade e Paz.Qualidades Negativas: Depressão, Ignorância e Problemas na comunicação.O quinto chacra fica na frente da garganta e está ligado à tireóide. Relaciona-se com a capacidade de percepção mais sutil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de caráter, grande capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças tireoidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais.
Ajña
Ajña chacra(Chacra Frontal)Nome em sânscrito: AJÑA ("O Centro de comando")Mantra: Om.Pétalas: 2.Localização: Na testa, entre as sobrancelhas.Cor: Branco.Elemento: Todos os elementos.Funções: Revitaliza sistema nervoso e a visão.Qualidades Positivas: Concentração, Devoção, Intuição, Imaginação, Realização da alma e Sabedoria.Qualidades Negativas: Dores de cabeça, Medo, Problema nos olhos, Pesadelos e TensãoO sexto chacra situa-se no ponto entre as sobrancelhas. Conhecido como "terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção sutil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração craniana.
Sahasrara
Sahasrara padma(Chacra Coroa)Nome em sânscrito: SAHASRARA ("O Lótus das mil pétalas")Mantra: Aum.Pétalas: 1000.Localização: No topo da cabeça, bem no centro.Cor: Violeta e Branco.Elemento: Todos os elementos.Funções: Revitaliza o cérebro.Qualidades Positivas: Percepção além do tempo e do espaço. Abre a consciência para o infinito.Qualidades Negativas: Alienação, Confusão, Depressão e Falta de Inspiração.O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido como chakra da coroa, é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chakra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
origem da Umbanda
Em fins do século passado, existiam, no Rio de Janeiro, várias modalidades de culto que denotavam, nitidamente, a origem africana, embora já bem distanciadas da crença trazida pelos escravos. A magia dos velhos africanos, transmitida oralmente, através de gerações, desvirtuara-se mesclada com as feitiçarias provindas de Portugal onde, existiram sempre os feitiços, as rezas e as superstições.
As "macumbas" mistura de catolicismo, feiticismo negro e crenças nativas - multiplicavam-se; tomou vulto a atividade remunerada do feiticeiro; o "trabalho feito" passou a ordem do dia, dando motivo a outro, para lhe destruir os efeitos maléficos; generalizaram-se os "despachos", visando obter favores para uns e prejudicar terceiros; aves e animais eram sacrificados, com as mais diversas finalidades; exigiam-se objetos raros para homenagear entidades ou satisfazer elementos da baixo astral. (Ver: sincretismo religioso ) Sempre porém, obedecendo aos objetivos primordiais: aumentar a renda do feiticeiro ou "derrubar" os que não se curvassem ante os seus poderes ou pretendessem fazer-lhe concorrência. Os Mentores do Astral Superior, porém, estavam atentos ao que se passava. Organizava-se um movimento destinado a combater a magia negativa que se propagava assustadoramente; cumpria atingir, de início, as classes humildes, mais sujeitas às influências do clima de superstições que imperava na época.
( "Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras. No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco dasreligiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro sócio-político-cultural do Brasil. O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos. Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida.")
Formaram-se então, as falanges de trabalhadores espirituais, que se apresentariam na forma de Caboclos e Pretos Velhos, para mais facilmente serem compreendidos pelo povo. Nas sessões espíritas, porém, não foram aceitos: identificados sob essas formas, eram considerados espíritos atrasados e suas mensagens não mereciam nem mesmo uma análise. Acercaram-se também dos Candomblés e dos cultos então denominados "baixo espiritismo", as macumbas. É provável que, nestes, como nos Batuques do Rio Grande do Sul, tenham encontrado acolhida, com a finalidade de serem aproveitados nos trabalhos de magia, como elementos novos no velho sistema de feitiçaria.
A situação permanecia inalterada, ao iniciar-se o ano de 1900.
Zélio de Fernandino de Moraes As determinações do Plano Astral, porém, deveriam cumprir-se.
Em 15 de novembro de 1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de tradicional família fluminense. Chamava-se ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES. Restabelecera-se, no dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. Sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme supressa. Nem os doutores que o assistiam nem os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado explicação plausível. A família atendeu, então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à Federação.
Zélio foi convidado a participar da Mesa. Zélio sentiu-se deslocado, constrangido, em meio àqueles senhores. E causou logo um pequeno tumulto. Sem saber por que, em dado momento, ele disse: "Falta uma flor nesta casa: vou buscá-la". E, apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem. Nesse momento, Zélio sentiu-se dominado por uma força estranha e ouviu sua própria voz indagar por que não eram aceitas as mensagens dos negros e dos índios e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam. Essa observação suscitou quase um tumulto. Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha argumentação segura. Afinal um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz.
Se querem um nome - respondeu Zélio inteiramente mediunizado - que seja este: eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque para mim não haverá caminhos fechados.
E, prosseguindo, anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral. No dia seguinte, declarou ele, estaria na residência do médium, para fundar um templo, que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir entre encarnados e desencarnados.
Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa.
No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na residência da família do jovem médium, na Rua Floriano Peixoto, 30 em Neves, bairro de Niterói, a entidade manifestou-se pontualmente no horário previsto - 20 horas.
Ali se encontravam quase todos os dirigentes da Federação Espírita, amigos da família, surpresos e incrédulos, e grande número de desconhecidos que ninguém poderia dizer como haviam tomado conhecimento do ocorrido. Alguns aleijados aproximaram-se da entidade, receberam passes e, ao final da reunião, estavam curados. Foi essa uma das primeira provas da presença de uma força superior.
Nessa reunião, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, cuja prática seria denominada "sessão" e se realizaria à noite, das 20 às 22 horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação de obsedados. O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco, de tecido simples. Não se permitiria retribuições financeiras pelo atendimento ou pelos trabalhos realizados. Os cânticos não seriam acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas.
A esse novo culto, que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA, e declarou fundado o primeiro templo para sua prática, com a denominação de tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque: "assim como Maria acolhe em seus braços o Filho, a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas horas de aflição".
Através de Zélio manifestou-se, nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo. E foi ele quem ditou este ponto, hoje cantado no Brasil inteiro: "Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou, o Caboclo das sete Encruzilhadas".
A partir desta data, a casa da família de Zélio tornou-se a meta de enfermos, crentes, descrentes e curiosos. Os enfermos eram curados; os descrentes assistiam as provas irrefutáveis; os curiosos constatavam a presença de uma força superior; e os crentes aumentavam dia a dia.
Cinco anos mais tarde, manifestou-se o Orixá Malé, exclusivamente para a cura de obsedados e o combate aos trabalhos de magia negra.
Passados dez anos, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS anunciou a Segunda etapa de sua missão: a fundação de sete templos, que deveriam constituir o núcleo central para a difusão da UMBANDA.
A Tenda da Piedade trabalha ativamente, produzindo curas, principalmente a recuperação de obsedados, considerados loucos, na época. Já então se contavam às centenas as curas realizadas pela entidade, comentadas em todo o Estado e confirmadas pelos próprios médicos, que recorriam a Tenda, em busca da cura dos seus doentes. E o Caboclo indicava, nas relações que lhe apresentavam com nome dos enfermos, os que poderia curar: eram os obsedados, portadores de moléstias de origem psíquica; os outros, dizia ele, competia à medicina curá-los. Zélio de Moraes, já então casado, por determinação da entidade, recolhia os enfermos mais necessitados em sua residência, até o término do tratamento astral. E muitas vezes, as filhas, Zélia e Zilmeia, crianças ainda, cediam o seu aposento e dormiam em esteiras, para que os doentes fixassem bem acomodados.
Nas reuniões de estudo que se realizavam às quintas-feiras , a entidade preparava os médiuns que seriam indicados, posteriormente, para dirigir os novos templos. Fundaram-se, asTendas: Nossa Senhora da Guia - Pres. Leal de Souza, cerca de 1918, Nossa Senhora da Conceição,Santa Bárbara - Pres. João Salgado,São Pedro - Pres. José Mendes,Oxalá - Pres. Paulo Lavois,São Jorge - Guia Espiritual Ogum de Tibiri, Médium João Severino Ramos, fundada em 1935 e São Jerônimo - Pres. José Álvares Pessoa, após 1935.
(Ver: Espiritismo no Brasil) Após a criação das sete primeiras tendas iniciou-se ao longo de todo território nacional a criação de tendas, tendo sido implantadas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo (fundaram-se, na Capital, 23 tendas e 19 em Santos), Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, e Pará (Belém). Neste último estado foi criada a Tenda Mirim Santo Expedito, por Joaquim Bentes Monteiro e sua esposa, que se transferiram para aquele estado com esta finalidade. Em Minas Gerais já conseguimos identificar como originários do Caboclo das Sete Encruzilhadas a Tenda do Silêncio, fundada pelo Dr. Valadão, e a Tenda Umbanda Buscando Luz, fundada pelo General Berzelius e sua esposa, D. Celeste, preparada pela entidade Pai João, e que recebia a guia chefe da casa Vó Quitéria. Posteriormente, Dr. Valadão se aproximou da linha de Umbandaproposta por W. W. da Matta e Silva.
Confirmava-se a frase pronunciada na Federação Espírita: "Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa".
Em 1937, os templos fundados pelo CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS reuniram-se, criando a Federação Espírita deUmbanda do Brasil, posteriormente denominada União Espiritualista de Umbanda do Brasil. E em 1947, surgiu o JORNAL DE UMBANDA que, durante mais de vinte anos, foi um órgão doutrinário de grande valor. Zélio de Moraes instalou federações umbandistas em São Paulo e Minas Gerais.
O Período de Afirmação Doutrinária: Como se sabe a história nunca se faz com rupturas drásticas entre um período e outro. Todas as mudanças são anunciadas ao longo do próprio período a ser substituído. Assim também aconteceu com aUmbanda. Ao longo das décadas de 40, 50 60 e 70, vários autores começaram a buscar dar maior consistência doutrinária à Umbanda. Porém, como todas as coisas ocorrem em seu devido tempo, todas as tentativas pecaram por buscar explicações para as origens e os princípios de Umbanda em eras passadas, continentes desaparecidos ou em línguas mortas; outro fato que levou a um fracionamento da Umbanda e às misturas, foi a pretensão de cada autor, sacerdote, ou pai de terreiro, de criar sua própria religião, dando um cunho profundamente personalista aos seus terreiros. Cumpriram, no entanto, seu papel ao colocar cada vez mais clara a importância da Umbanda no Brasil.
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