terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sincretismo na umbanda

SINCRETISMOSegundo o Caboclo Sete Espadas, o sincretismo “é um fenômeno místico-religioso que visa tornar inteligível um culto que possa ser praticado por vários povos ou grupos étnicos, que até o momento tinham rituais e concepções diferentes” (RIVAS NETO, 1996).Neste contexto, além de abranger a união de diferentes nações africanas, o sincretismo também trata das associações comumente conhecidas entre os Orixás da Umbanda e os Santos Católicos. Mesmo que se verifiquem algumas diferenças de um terreiro para outro ou de uma região do país para outra, de modo geral as correspondências são as seguintes:Oxalá – Jesus Cristo;Ogum – São Jorge;Oxóssi – São Sebastião;Xangô – São Jerônimo;Yemanjá – Virgem Maria;Yori – São Cosme e São Damião;Yorimá – São Lázaro.Naturalmente, os Orixás não são os Santos Católicos, nem os Santos Católicos são os Orixás. O motivo principal desta associação, de acordo com Ramatis, baseia-se no fato de que “os escravos africanos trouxeram para o Brasil, no século findo (XIX), os seus postulados religiosos, ritos, fetiches e cultos bárbaros. Aqui, eles fundiram sua crença primária com o culto católico, na terna devoção ao que também era da preferência do ‘sinhô’ e da ‘sinhá’! Assim, os velhos Orixás, elementais e entidades africanas, fundiram-se numa confusão heterogênea e regional com os santos do hagiológio católico que mais se afinizavam às suas características sobrenaturais!” (MAES, 1996).

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